AGOSTO DE MÁ MEMÓRIA

A edição de setembro da newsletter CEIPC - inform@, da qual sou Coordenador Editorial, evoca o passado mês de agosto e os três acontecimentos que o marcaram, no ponto de vista da Proteção Civil. 

No dia 14 de agosto desenvolveu-se na ilha da Madeira, durante 13 dias, um incêndio florestal que, apesar de não ter provocado vítimas humanas, originou um amplo debate quanto à justeza ou não da estratégia adota da nos primeiro 3 dias, para controlar o mesmo. 

No dia 26 de agosto, pelas 05h11m (hora local), ocorreu um sismo de magnitude de 5.3 na escala de Richter), com epicentro a cerca 60 km a Oeste de Sines e a 25 km de profundidade. Este sismo não provocou vítimas nem danos materiais, mas foi sentido com intensidade na região de Setúbal, Lisboa, Beja, Faro, Santarém e Leiria. 

No dia 30 de agosto ocorreu um acidente aéreo, com um Helicóptero integrado no Dispositivo de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR), que se despenhou no Rio Douro. Deste resultou a morte de 5 militares do Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS) da GNR e ferimentos no piloto, justificando a decisão do Governo em declarar o dia 31 de agosto como de luto nacional.

Relativamente ao incêndio da Madeira, aguarda-se o resultado das iniciativas da Assembleia Legislativa da Região, para se concluir se há lições a aprender do mesmo..

Do sismo há apenas a registar a oportunidade de ser trazida para o espaço público a questão do risco sísmico e as vulnerabilidades que uma parte significativa do território do Continente possui neste domínio.

Relativamente ao acidente foi divulgado um Relatório Preliminar que, como era previsível, ainda não concluiu nada de relevante quanto às causas do mesmo. A complexidade da investigação, atendendo a algumas variáveis que necessitam de adequado tratamento de informação e respetivo enquadramento, aconselharia mais ponderação. Confirma-se uma vez mais que a pressa é má conselheira.



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