11 DE SETEMBRO - UM DIA INESQUECÍVEL



Por duas razões essenciais o dia 11 de setembro está marcado na minha memória para sempre.

Comecemos pela primeira razão: em 11 de setembro de 1973 nasceu a minha filha. Porque estava em Moçambique, em comissão de serviço militar, em zona com dificuldades de comunicação, só soube que era pai pela primeira vez, dois dias depois. Quando recebi a notícia, fui assaltado por uma multiplicidade de sentimentos e, pela primeira vez, interroguei-me: mas o que é que eu estou aqui a fazer?

Quanto à segunda situação: em 11 de setembro de 2001 exercia as funções de Adjunto Técnico do Comissário para a Transição em Timor Leste. Estava precisamente a despacho com o Comissário -  Padre Vítor Melícias - quando ouvimos um grito na sala ao lado, onde funcionava o secretariado de apoio. Vim cá fora para verificar o que motivara a gritaria. Ao abrir a porta vejo no  televisor as Torres Gémeas, em chamas, depois do embate de um avião, em resultado de um atentado. Ficámos todos perplexos. E o resto do dia foi de uma agitação incontrolável, face à sucessão de noticias que se desenvolveram em catadupa. 

Dois momentos inesquecíveis. O primeiro de esperança e alegria. O segundo de dúvida e de inquietação.

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