ESCREVER COMO RESPIRAR

Ao longo do dia, de quase todos os dias, são muitos os momentos em que recorro ao exercício da escrita.

Escrevo para resumir reuniões em que participo; escrevo para produzir trabalhos de diversa índole, na qualidade de investigador (minha atual e única atividade produtiva); escrevo para fazer o meu resumo (por vezes atrasado no tempo) da imprensa diária; escrevo para anotar destaques dos livros que leio; escrevo para publicação em edições, nas quais colaboro ou pelas quais sou responsável editorial; escrevo para fazer a minha agenda do dia seguinte; escrevo, afinal, da forma natural como respiro...

Acresce a tudo isto que escrevo, embora de forma irregular, neste meu blog, Repórter Caldeira.

Ora é sobre o que aqui não escrevo que hoje me apetece escrever.

Não escrevo textos de ódio, pessoal ou coletivo... porque não odeio nada nem ninguém. Não escrevo sobre ídolos ou paixões irracionais. Não escrevo sobre conflitos artificiais, alimentados por quem nada mais tem para oferecer aos outros. Não escrevo sobre invejas, egoísmos, arrogâncias ou falsos moralismos. Não escrevo sobre "politiquices" ou sobre "politiqueiros", porque tenho demasiado respeito pela política. Não escrevo sobre assuntos sobre os quais nunca refleti nem tenho opinião solidamente formada. Não escrevo sobre rumores divulgados nas redes sociais. Não escrevo sobre o que nada acrescenta à pessoa que sou.

Dito isto, recorro a este Blog para partilhar aqui, algumas das muitas coisas que diariamente escrevo, tantas vezes sem ser em letra de forma, mas gravado no pensamento, nas horas e nos dias em que construo o tudo que tenho para fazer, amanhã e todos os demais dias.

É para isto que este espaço de intervenção serve e assim continuará a servir.







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