O HOMEM NOVO

Nestes dias de sobressalto para toda a Humanidade, face à brutalidade da guerra na Ucrânia e a imprevisibilidade dos seus desenvolvimentos, torna-se necessário insistir em mensagens que contrariem o ambiente criado no espaço mediático, quase de glorificação dos recursos bélicos como fonte de resolução dos conflitos.

Pertenço a uma geração que viveu a guerra. Desde há muitas décadas que tenho um fascínio pela História e pela interpretação racional dos seus acontecimentos. Não me deixo capturar pela propaganda difundida, em regra, por todos os envolvidos em conflitos armados, de qualquer natureza. Sou solidário com todas as vitimas das guerras e, nesse contexto, estou também solidário com o povo da Ucrânia e contra a ofensiva desencadeada pelo ditador Putin. Afirmo-o sem equívocos!

Por tudo o que aqui fica dito, cito uma afirmação de José Saramago,  Prémio Nobel da Literatura:

"A única revolução realmente digna de tal nome seria a revolução da paz, aquela que transformaria o homem treinado para a guerra em homem educado para a paz porque pela paz haveria sido educado. Essa, sim, seria a grande revolução mental e portanto cultural, da Humanidade. Esse seria, finalmente, o tão falado homem novo"