O DESASTRE DE PETRÓPOLIS

Em 2010, em visita ao Rio de Janeiro a convite do LIGABOM, Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil, tive ocasião de visitar a zona serrana da cidade, tendo constatado o elevado risco de deslizamento nas encostas existentes na zona. 

Precisamente em janeiro de 2011, na mesma zona, ocorreu um desastre que viria a ser classificado pela ONUN como "o oitavo maior deslizamento ocorrido no mundo nos últimos 100 anos". Com mais de 900 mortos e milhares de desalojados, este evento marcou um momento de reestruturação do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil no Brasil, que viria a verificar-se no ano seguinte.

Mais de uma década depois, uma vez mais a mesma zona é flagelada por uma nova catástrofe, a qual, até esta data,  já ceifou a vida a 178 pessoas e provocou milhares de desalojados.

Os desastres como os ocorridos abrem janelas de oportunidade para o estudo e o debate para a implementação de melhorias  na governança do risco.

O momento deverá ser de reflexão: quantas vidas ainda serão perdidas até que haja um compromisso dos governantes, do Rio de Janeiro, do Brasil, e de muitos outros cantos do mundo - Portugal incluído - com a implementação de politicas públicas que assegurem uma adequada gestão do risco e coloquem os cidadãos no centro do processo de decisão?

Exijam-se respostas!



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