NÃO À GUERRA!!!

 "Não há nenhum exemplo, nas nossas nações modernas, de uma guerra que haja compensado o mal que fez." 

Inicio este texto com a transcrição de uma afirmação de Voltaire, filósofo iluminista  francês. Ela é plena de sentido sempre que o mundo se agita com um qualquer conflito armado.

Na nossa memória histórica mais próxima registamos a segunda guerra mundial, que durou entre 1939 e 1945, na qual cerca de 40 milhões de civis, mais 20 milhões de soldados, perderam a vida. Lembramo-nos ainda de muitas outras guerras: Vietname, Golfo, Chechênia, Afeganistão, Iraque, Síria...

De todos estes conflitos guardamos imagens terríveis, difundidas pelos jornais, pelo cinema, pelas televisões e, mais recentemente, pelas redes sociais. Imagens de destruição de infraestruturas e de cidades inteiras, de cadáveres abandonados nos teatros de guerra, milhares de estropiados, milhões de refugiados, todos vítimas inocentes das confrontações bélicas, cujas causas, quase sempre lhes são alheias.

Num momento em que de novo a guerra ameaça o continente europeu, com as loucuras imperiais de um ditador que governa um país (Rússia) com 144 milhões de pessoas e que governar muitos mais, torna-se urgente intensificar as mensagens antiguerra, contrariando assim os discursos belicistas que vemos desfilar em vários meios de comunicação social, nacionais e internacionais.

No conflito da Ucrânia, como em quase todos os demais, não há atores inocentes nem virgens ofendidas. As guerras (todas as guerras) têm sempre duas faces, e nenhuma delas é boa. Porém a invasão da Ucrânia pela Rússia e as suas motivações imperialistas devem merecer total condenação. 

É verdade que outros países do chamado "mundo livre" têm as suas mãos sujas de sangue, em conflitos que promoveram ou apoiaram em diversos pontos do mundo. Mas esta razão não pode ser razão para justificar o que é moral e politicamente inaceitável.

Se o Direito Internacional não fosse uma fraude, os responsáveis por este crime e todos os demais sentar-se-iam no Tribunal Penal Internacional (TPI), criado com o objetivo de "julgar sujeitos individuais pela prática dos mais graves crimes internacionais: genocídio, crimes contra a Humanidade e crimes de guerra". Mas como a Ordem Internacional é apenas o exercício pleno da hipocrisia e dos interesses em presença, a guerra continua a espalhar-se por vários pontos do mundo, justificando a nossa inquietação. 

Recusemos o papel passivo que as máquinas de propaganda nos querem impor, rejeitando a guerra, em defesa da legião de inocentes que ela vitima.







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