A SEGURANÇA NOS LARES DE IDOSOS
Leio no jornal online Notícias ao Minuto de hoje, domingo:
“Bombeiros de Matosinhos, Unidade de Saúde Pública e
Segurança Social estão hoje a separar utentes contagiados dos restantes no Lar
do Comércio de Matosinhos, onde há pelo menos quatro mortes confirmadas por
Covid-19 e dezenas de casos positivos.”
E a notícia
concretiza detalhes: “O vereador da Proteção Civil da Câmara de
Matosinhos, José Pedro Rodrigues, disse à agência Lusa que a intervenção,
iniciada cerca das 16h00, surge em resposta a um pedido de auxílio dos próprios
responsáveis da instituição. (…) O lar foi já vistoriado pelas
autoridades de saúde várias vezes, a última das quais no sábado, com o objetivo de
avaliar medidas corretivas propostas
em face da verificação do incumprimento das normas de seguranças, higienização e
segregação dos utentes. Na operação de hoje, o que se está a fazer em concreto
é "organizar os espaços para acolhimento de positivos, suspeitos e
negativos, de forma a garantir uma contenção o mais apurada possível, em face
da evolução do contágio", afirmou o vereador da Proteção Civil.”
Sabe-se que até ao passado dia 23 de abril quatro em cada
dez pessoas que morreram por Covid-19 em Portugal eram idosos que viviam em
lares.
A questão das deficientes condições de segurança em que funcionam
muitos destes equipamentos de apoio a idosos está referenciada há muito tempo. A
calamidade do Covid-19 veio apenas a pôr em evidencia esta circunstância.
As entidades que gerem estas instituições debatem-se com uma
grande falta de recursos, nomeadamente técnicos e humanos, que acabam por
justificar a forma negligente como muitas funcionam, no ponto de vista da segurança
e do bem-estar dos idosos que acolhem.
Esta é uma situação, entre muitas outras, que deve
merecer a adequada atenção e consequentes medidas de correção no período de
lições aprendidas, na fase de recuperação que se seguirá à fase de emergência
da pandemia.
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