COERÊNCIA

Ao longo da minha vida escolhi sempre as causas pela quais achei que deveria optar.

Por isso, muito jovem, optei pela causa da Democracia, contra a Ditadura. Mais tarde optei pela intervenção politica ativa, depois do 25 de abril de 1974. Optei por ser autarca de freguesia entre 1983 e 1987. Optei por ser cooperativista e dirigente de uma IPSS de apoio a crianças entre 1987 e 1989. Optei pela causa do associativismo nos Bombeiros, começando por assumir funções dirigentes numa associação humanitária de bombeiros, depois na Federação do meu distrito e mais tarde na Liga dos Bombeiros Portugueses. Optei por aceitar o convite para participar durante dois anos na aventura de ajudar a construir o mais recente pais de língua portuguesa, na circunstância Timor Leste. Optei por assumir a responsabilidade da gestão da Escola Nacional de  Bombeiros, em representação da LBP, num momento em que muitos ambicionavam capturar esta instituição para a colocar fora do domínio dos Bombeiros Portuguesa. 
Ao longo de todo este percurso mantive sempre uma vida profissional ativa, sem dependência politicas ou outras, pelo que encerrei a minha vida profissional como gestor de uma jovem empresa, que hoje tem um futuro promissor pela frente. 

Concluído este ciclo da minha vida, e depois da reforma, optei por dedicar o meu tempo disponível ao estudo e investigação ao sistema de proteção civil, no âmbito da academia, da consultadoria de projeto e da intervenção no espaço público.

Uma vida cheia, independente de tutelas redutoras, coerente com as escolhas, nomeadamente politicas, feitas desde muito jovem.

Hoje, todos os dias tenho uma agenda cheia e diversificada, caracterizada pela intervenção em diversas frentes, porém todas elas inspiradas pela paixão da minha vida: a proteção de pessoas e bens.
Entretanto estou disponível para aderir a todas as novas causas que considere relevantes, para o país e para a comunidade da qual sou, humilde mas orgulhosamente, parte.

Por tudo isto chego ao fim de cada dia recompensado e realizado. Afinal assumo a coerência de optar sempre por causas, sem estar refém de nada que contrarie a minha consciência.

Sou feliz!