TREINAR EMERGÊNCIAS SEM INCOMODAR
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Nesta nova rubrica do blog passarei a dar destaque às noticias publicadas em órgãos de comunicação social que me suscitem uma especial atenção.
Para começar, hoje deixo-vos esta:
“A capacidade de resposta das autoridades
portuguesas ao Plano de Emergência Integrado na Ponte 25 Abril vai ser testada
na madrugada da próxima segunda-feira, dia 30 de abril.
Este exercício é da responsabilidade
da Infraestruturas de Portugal, em colaboração com a Autoridade Nacional
de Proteção Civil (ANPC).
«Esta infraestrutura, pelas características que
apresenta, obriga à definição de regras específicas no que respeita à Gestão da
Emergência, sendo necessária uma elevada articulação entre as diversas entidades
com responsabilidades nesta matéria, pelo que o exercício será conduzido sob a
coordenação da ANPC, e tem como finalidade testar a coordenação e capacidade da
Infraestruturas de Portugal e demais Agentes de Proteção Civil (APC),
garantindo o cumprimento dos procedimentos inseridos no Plano de Emergência
Integrado», informa a Infraestruturas de Portugal em comunicado.
Para que este exercício não tenha grande impacto na
circulação rodoviária, o teste decorrerá entre as 01h30 e as 03h30, período em
que o trânsito na ponte estará condicionado”.
(Noticias ao Minuto
27/4/2018)
O meu comentário
TREINAR EMERGÊNCIAS SEM INCOMODAR
Os exercícios
são necessários para testar os mecanismos de planeamento e resposta a ocorrências
de grande complexidade, sendo por isso instrumentos fundamentais de
aprendizagem e treino. Mas para terem
efetivas consequências devem realizar-se nos contextos tão aproximados quanto
possível dos cenários que pretendem testar.
Ora
fazer um exercício na Ponte 25 de Abril entre a 01h30 e as 03h30 de uma segunda
feira não é a mesma coisa que fazê-lo durante o dia, mesmo que a um fim de
semana.
Sabe-se
que os portugueses não possuem a suficiente cultura de segurança para encarar
com normalidade os inconvenientes decorrentes da realização de um exercício de
emergência, nas horas de ponta. Sabe-se que não é fácil prescindir de receitas
da Ponte 25 de abril durante as horas em que mais veículos nela transitam.
Sabe-se que estamos num país onde o único risco com visibilidade – que há menos
de um ano começou a ser levado a sério –
é o “incêndio florestal”. Sabe-se isto e muito mais.
Mas
também não se pode ignorar que vai sendo tempo das autoridades competentes se preocuparem
mais com a substância das suas responsabilidades, assumindo o ónus de nos fazer
perder algum tempo, a favor da nossa segurança.
Quando
isto acontecer então faremos exercícios a sério e com consequências positivas
para todos, mesmo para os que não gostam de ser incomodados.
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