POTENCIAR A MASSA CRITICA NO SISTEMA DE PROTECÇÃO E SOCORRO




Hoje qualquer instituição deve ter como objectivo essencial, seja qual for a natureza da sua missão, pugnar pela qualidade dos seus modelos de organização e a qualificação dos seus recursos humanos. Numa sociedade em que o conhecimento vai-se naturalmente impondo como factor estruturante, ninguém pode dar-se ao luxo de ignorar esta incontornável variável do processo de desenvolvimento.
É neste contexto que se torna determinante a promoção da criação de massa crítica no seio das organizações, sejam elas públicas ou privadas, empresariais ou sociais, profissionais ou voluntárias.
Nos últimos 20 anos uma significativa parte da minha vida está ligada à formação de recursos humanos, na área dos Bombeiros e da Protecção Civil. Cada vez estou mais convencido de que neste domínio já foi feito muito, mas muitíssimo mais é preciso fazer.
No passado fim de semana terminou a quarta edição do Curso de Extensão Universitária em Emergência e Protecção Civil que coordeno na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Dos 63 alunos que concluíram o curso, 95% são Bombeiros. Desta experiência extraio uma conclusão: o pessoal inserido nos CB tem hoje uma enorme heterogeneidade de formações, académicas e profissionais, que garante uma evolução qualitativa do sistema.
Falta criarem-se mais oportunidades de qualificação, aprofundar as formações existentes de modo a torná-las mais ajustadas às exigências dos riscos e às expectativas dos destinatários.
Há potencial de massa critica no sistema de protecção e socorro. É apenas preciso que as lideranças institucionais reconheçam que elas são o obstáculo à consolidação e desenvolvimento dos talentos e competências disponíveis, uma vez que é na maioria destas lideranças que existe o mais elevado défice de qualificação do sistema.

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