EU, ADEPTO, DIGO… BASTA!





Gosto de futebol desde que me conheço. Era adolescente quando entrei pela primeira vez no velho Estádio da Luz, pela mão de meu avô. Já lá vão mais de 50 anos. Desde então vibro com as vitórias do meu clube (SLBenfica), de outros clubes portugueses quando envolvidos em competições europeias, bem como das selecções nacionais. Gosto de ver qualquer jogo de futebol, em que os jogadores sejam os actores principais pela qualidade e beleza do jogo jogado.
Os estádios de futebol têm um colorido especial, uma mística própria e uma dimensão estética muito particular. Eles são amplos laboratórios sociais, nos quais se misturam classes, convicções politicas, etnias e religiões, todos irmanados pela paixão por um clube.
Entretanto, há cerca de um ano, um conjunto de energúmenos colocados nas estruturas dos principais clubes portugueses de futebol, apoiados pela amplificação mediática de comentadores, empenham-se em incendiar os estádios, em transformar os jogos de futebol numa espécie de circo romano, através de mensagens de ódio e incentivo à violência física. 
Fazem-se apelos ao Governo para que intervenha. Reclama-se a aplicação de penalizações para os autores de declarações terroristas, vindas de dirigentes ou de funcionários dos clubes, nomeadamente dos directores de comunicação. Porém tardam as medidas efectivas, enquanto os episódios repetem-se, cada vez mais graves, como é exemplo o que se verificou no passado fim de semana.
É tempo dos adeptos de futebol (civilizados) levantarem a sua voz. É tempo de se exigir a todos os agentes do futebol que se comportem cívicamente.
É tempo de se exigir às autoridades que ponham cobro à actividade das seitas que se instalaram nos clubes, dentro e fora deles.
Pela minha parte digo basta! E mais. Não ponho os pés em qualquer estádio deste país, para ver um jogo de futebol, enquanto esta selvajaria continuar à solta.


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