APENAS MAIS UMA MISSÃO





De forma surpreendente recebi o convite. Foi-me proposto integrar a Comissão Técnica Independente (CTI) que a Assembleia da República decidiu constituir, para proceder à avaliação dos incêndios ocorridos entre 14 e 16 de Outubro de 2017,  no território de Portugal Continental.
Com o pouco tempo que me foi dado para decidir, pus em equação algumas variáveis de referência, tendo sempre como cenário de enquadramento as minhas convicções, das quais não prescindo. Avaliada a situação decidi aceitar!
Está publicada a Lei n.º109-A/2017 de 14 de Dezembro que especifica a missão da CTI 2, bem como o despacho de nomeação dos seus membros. O resultado final do trabalho da Comissão tem por limite a data de 19 de Fevereiro de 2018.
Quem me conhece sabe que não me guio pela ambição de lugares ou mordomias. Se assim fosse já registaria no meu curriculum o exercício de funções pelas quais alguns sonham, todos os dias.
Movo-me por causas e convicções. Não adiro a silêncios de oportunidade ou a decisões oportunistas. Não sou "velho do Restelo" porque sei que tudo na vida é feito de mudança. Excepto os princípios e as convicções. 
Oriento a minha postura pela racionalidade que construí ao longo da vida, pelo que não me deixo influenciar pela emotividade que tudo contesta e nada constrói. Estudo o que digo e proponho. Não aceito verdades absolutas nem conclusões predefinidas, tantas vezes impulsionadas por interesses, estados de alma, vinganças ou invejas, institucionais ou pessoais.
Este é o meu código de conduta. Este o meu caderno de encargos como membro da CTI 2.
Quando terminar esta missão quero sentir que a cumpri, em consciência e na plena fidelidade aos valores maiores, que estão para além de qualquer Comissão.


Comentários

Mensagens populares