INFORMAÇÃO E (DES)INFORMAÇÃO




Sou um apaixonado pela comunicação enquanto ciência, processo e técnica. Gosto de consumir noticias, ler jornais (muitos e diversos), ver e ouvir espaços noticiosos, analisar a opinião publicada.
Não me incomoda ler ou ouvir opiniões diferentes da minha, desde que fundamentadas e assumidas, de preferência alicerçadas em conhecimento para que eu possa aprender algo mais, uma vez que ninguém sabe tudo de nada.
Talvez por ter esta postura me indigne a ignorância transformada em sentença irrefutável, muito típica de todos os especialistas de pacotilha.
A este propósito a diretora da edição de ontem da revista  Notícias Magazine, Catarina Carvalhoescreveu um texto que, com a devida vénia, transcrevo parcialmente:
"  As redes sociais abriram-se a qualquer um que queira mandar uns bitaites, dando palco igual a quem sabe e a quem não sabe da matéria - a origem das famosas noticias falsas é precisamente essa, e a aparência da verdade é idêntica à aparência do saber.Mais, as redes cibernéticas permitem dar mais audiências a quem sabe, mas também a quem não sabe da matéria. É como se fosse uma conversa de café com amplificador.
Esta nova forma de comunicação tornou-se de tal forma avassaladora que levou atrás os meios de comunicação tradicionais. Antigamente, uma crónica ou uma noticia que era publicada era o fim de uma comunicação. Agora é o principio de uma conversa. Que segue por aí fora em pontos e contrapontos. Muitos dos quais não se baseiam em nada de muito sólido, mas apenas em opiniões que que pretende rebater outras, como se fossemos todos miúdos da escola primária, amuando, fechando os braços, olhando para o lado dizendo « É a tua opinião, eu tenho a minha.»"
E assim se constrói informação e, em simultâneo, desinformação. 
Este é o tempo da utilização dos meios de comunicação social - redes sociais incluídas - para fazer combate politico, exprimir ódios de estimação, servir interesses determinados, fazer fretes a figurinhas importantes, criar intrigas e enredos, afirmar vaidades e esconder mediocridades.
Apesar de tudo, vou continuar a consumir informação, mas mantendo a capacidade de filtrar, para que não me vendam gato por lebre.
  
   

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