FÉ E CIÊNCIA




Desde há muito tempo que me interrogo sobre a dialética da fé e da ciência. Conforme já aqui afirmei por diversas ocasiões sou, por formação, uma pessoa de fé, mais precisamente assumo a religião católica. Porém sou igualmente um apaixonado pela Ciência, toda a Ciência, enquanto produto da inteligência humana e da sua insaciável fome de conhecimento.
Numa entrevista dada no passado fim de semana ao jornal Público, Bruno Nobre, doutorado em Física de Partículas pelo Instituto Superior Técnico e que no ano passado foi ordenado sacerdote, depois de ter concluido uma licenciatura em Filosofia pela Universidade Católica, foi questionado deste modo:
“ A ciência e a religião têm implícitas concepções diferentes do mundo. Por exemplo, para a ciência, e pelo menos desde Darwin, não existe um propósito ou um sentido na natureza. É difícil conciliar as visões científica e religiosa?
A esta pergunta, respondeu de um modo que, só por si, representa a tese a que adiro sobre esta problemática.
“ É difícil conciliar ciência e religião, sobretudo quando temos uma compreensão superficial destas duas dimensões da cultura humana. Ciência e religião são, de facto, concepções diferentes do mundo e do ser humano mas não necessariamente contraditórias. É verdade, porém, que a religião e a ciência constituem formas diferentes de olhar a existência e o mundo. Mas isso não quer dizer que ciência e religião sejam incompatíveis. (…) Quando ciência e fé entram em contradição profunda, devemos perguntar-nos se uma delas, ou ambas, não está a ultrapassar o âmbito que lhe é próprio.”
Como para mim ler jornais é saber mais, facilmente me revejo em muitas abordagens que são diariamente publicadas nos jornais que leio. É este o caso! 

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