RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS
Parece evidente que em Portugal
não é possível conceber um modelo de resposta ao socorro, sem considerar a
cobertura do território nacional que a estrutura dos Copos de Bombeiros
Voluntários assegura.
Dito isto, no meu ponto de vista
a discussão/reflexão a fazer não deve ser reduzida ao tipo de corpos de
bombeiros que o país deve possuir, mas sim ao tipo de bombeiros que neles se
devem integrar.
De acordo com dados da ANPC, em
31 de Dezembro de 2015 o efetivo de bombeiros que o Continente possuía nesta
data era o seguinte:22.843 elementos voluntários e 6007 profissionais nos
quadros activo e de comando dos corpos de bombeiros voluntários; 552
profissionais, nos quadros activo e de comando dos corpos de bombeiros
municipais e 1202 profissionais nos corpos de bombeiros sapadores, num total de
30.604 bombeiros para o desempenho das missões legais atribuídas a todos os
corpos de bombeiros.
Em reforço das tarefas de
retaguarda, os corpos de bombeiros voluntários possuíam no final do ano
anterior 14 132 elementos, no quadro de reserva.
Voltando aos corpos de bombeiros
voluntários. É verdade que a existência do referido número de elementos nos
quadros, não significa que o seu nível de disponibilidade e de prontidão seja
igual em todo o país. Há mesmo zonas do território onde é indisfarçável uma
grande dificuldade em assegurar a resposta ao socorro, nos termos a que todos
os cidadãos têm direito. Por esta razão constata-se o aumento, ano após ano, do
número de profissionais que os corpos de bombeiros voluntários têm de recrutar.
Porém, tal facto não significa
que o voluntariado nos corpos de bombeiros esteja condenado a desaparecer.
Significa sim que para atrair mais jovens e adultos aos corpos de bombeiros é
necessário mais audácia na sua valorização, adoptando-se medidas consentâneas
com os potenciais Bombeiros de hoje, bem diferentes dos Bombeiros de ontem.
Uma medida mobilizadora para
captar a adesão de novos voluntários e estimular os já inseridos nos corpos de
bombeiros, seria o reconhecimento legal das competências adquiridas na formação
de elevada qualidade que actualmente é ministrada aos Bombeiros.
Veja-se o que está previsto nas
Grandes Opções do Plano para 2017 apresentadas na passada semana pelo Governo na Assembleia da República, nas
quais se prevê aumentar incentivos ao recrutamento de voluntários para as
Forças Armadas, nomeadamente pelo reconhecimento das competências obtidas
durante o serviço militar.
O reconhecimento legal das competências adquiridas pelos Bombeiros no seu processo de
formação é uma medida pela qual lutei (reconheço que sem êxito), em devido
tempo.
Haja alguém que pegue de novo
nesta medida e que consiga que o poder político a consagre. A ser implementada
terá a dimensão de um novo Estatuto Social do Bombeiro.
Gostei, ontem já era tarde
ResponderEliminarComo é possível uma recruta nos bv,com um plano e moldes da ENB,com formadores com ccp (antigo cap),não reconhecerem o 9 ou mesmo o 12¤ ano. A verdade é que as pessoas (decisores ) estão-se cagando para nós. Umas migalhas no verão, quando têm as propriedades a arder e já gozamos... É triste mas ninguém quer saber de nós....nem o sr. , sr. Caldeira
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