INCÊNDIOS FLORESTAIS: COMEÇAR A TRABALHAR JÁ, A MONTANTE E A JUZANTE



Segundo as previsões meteorológicas mais recentes, talvez tenham terminado este ano as condições adversas vividas desde o inicio de Agosto, favoráveis à eclosão e propagação de incêndios florestais. Alguns dirão que ainda é cedo para concluir isto. Mesmo assim atrevo-me a propor que se inicie já o debate e reflexão sobre esta problemática, de forma consequente e corajosa, não se adiando para daqui a um mês o que pode começar de imediato, no momento em que o país politico regressou de férias.
Sobre a mesa existe já muita informação disponível e outra que se poderá facilmente reunir, desde que haja empenho para o efeito. A propósito de informação cito uma afirmação da Secretrária-geral do Sistema de Segurança Interna, procuradora-geral adjunta Helena Fazenda, em entrevista publicada ontem no Diário de Noticias: “Hoje quem tem poder não é quem tem informação. É quem a sabe partilhar!” 
Apesar da citada afirmação ter sido proferida num contexto diferente, ela pode perfeitamente ser adaptada à abordagem da problemática dos Incêndios Florestais.
“Vamos ter um Conselho de Ministros extraordinário dedicado exclusivamente à politica florestal. (…) Mais do que combater incêndios é necessário preveni-los e para os prevenir é preciso uma gestão activa de uma floresta sustentável, de uma floresta sofisticada, de uma floresta que seja fonte de riqueza e não uma ameaça à segurança das populações e dos seus bens.”
Estas declarações, proferidas este fim de semana pelo Primeiro-Ministro, António Costa, consubstanciam um bom ponto de partida. Mas para que o ponto de chegada gere efectivos resultados, há condicionantes a vencer, há parcerias a construir, à mobiilizações a conquistar, há conhecimento a aplicar, à lideranças a definir, há  mudanças de cultura politica a assumir, no poder e na oposição.
Não se perca mais tempo. Aproveite-se esta oportunidade para mudar de paradigma e para se romper com a inoperância politica que tem caracterizado esta importante questão nacional. 


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