INCÊNDIOS DE AGOSTO: UM CASO DE ESTUDO
Terminei a recolha de informações
(muitas) sobre a vaga de incêndios que flagelou o país (RA da Madeira e
Continente) desde o dia 8 de Agosto até à passada segunda-feira.
Abstraio-me do ruído que já se
começa a ouvir e parto para a análise fria dos dados que agora recolhi, sem ter ninguém debaixo de mira.
Quero concluir, quero esclarecer
dúvidas e algumas perplexidades. Quero ter opinião. Quero contribuir com
propostas, como sempre o fiz. Não quero ficar no conforto do “Portugal sentado”
nem fazer juízos oportunistas.
Nos últimos 10 dias analisei o
comportamento do fogo, interroguei-me sobre as consequências de decisões
políticas ou falta delas (em especial no passado recente), interpretei opções
operacionais, testemunhei vulnerabilidades antigas, participei no
esclarecimento mediático tão fundamental nas ocasiões de crise, testemunhei a
coragem e dedicação dos mesmos de sempre, senti os lamentos magoados de alguns,
voltei a ouvir as expressões de desorientação e pânico de muitos.
Alicerçado no conhecimento que
adquiri nos últimos 15 anos, através do estudo e da observação directa no
terreno (em particular nos incêndios de 2003, 2005 e 2013) vou descodificar
toda a informação recolhida e processá-la. Tenho tempo e vontade para o fazer. Quero dar
utilidade a este tempo e a esta vontade. Não quero alinhar, como nunca o fiz,
no clamor que de repente se apossa de muitos, disparando em todas as direcções
e esquecendo que o ricochete é um risco com elevada probabilidade de dano.
As conclusões ficarão lá mais
para diante!
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