PLANOS MUNICIPAIS DE EMERGÊNCIA
No passado fim de semana o jornal
Expresso dedicou uma página inteira à problemática da protecção civil a nível
municipal. Para além da alegada falta de meios de deslocação dos técnicos do Serviço
Municipal de Protecção Civil da Lisboa, ficamos a saber, através do mesmo
jornal, que “ A capital é um dos 109 concelhos de Portugal continental ainda
sem um plano municipal de emergência de proteção civil de última geração, isto
é, de acordo com a mais recente legislação para o sector, aprovada e 2008”,
mantendo-se em vigor o plano de 1999 “ que foi entretanto sendo objeto de
sucessivos ajustes”.
Resumindo: dos 278 municípios que
existem no Continente, 109 (incluindo o de Lisboa) não estão em conformidade com
o legalmente disposto.
Sou testemunha, nos vários anos
em que participei nas reuniões da Comissão Nacional de Protecçãp Civil, da
frequente dissonância entre os serviços municipais, responsáveis pela
elaboração dos planos municipais de emergência e a ANPC, razão porque o
processo de adequação dos referidos instrumentos de planeamento acabem por se
arrastar durante vários meses – até mesmo anos – até obterem a aprovação.
Este é o caso do plano do município
de Lisboa. Segundo o Expresso “ A autarquia submeteu em 2014 uma versão do
plano à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), entidade à qual cabe dar luz
verde ao documento. O parecer foi desfavorável tendo voltado à Câmara para a ‘introdução das medidas corretivas necessárias’. Desde então nada foi feito de
definitivo.”
Dado que o número de municípios sem
plano de emergência é bastante significativo e sendo entendimento de muitos que
a directiva orientadora da elaboração dos referidos instrumentos de planeamento
é excessivamente burocrática e pouco operacional, talvez seja preferível reavaliá-la,
embora a última alteração da mesma se tenha registado em 2015. O que me parece
pouco razoável é que existam cerca de 40% dos municípios do país sem planos de
emergência aprovados.
Estou certo e convicto de que se continuassem a existir os Governos Civis Distritais, haveria muitos mais PMEPC aprovados. Quanto a mim é uma falha grave não existirem autoridades politicas distritaisba área da Protecção Civil.
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