COMO APROVEITAR OS MELHORES DE NÓS?





Na edição do Expresso do passado sábado, o jornalista Nicolau Santos escreveu um texto sobre a “geração mais bem preparada de sempre” que o nosso país possui e divulga um indicador: “Em 2004, Portugal tinha um dos mais baixos índices de doutoramentos (8,5) por 100 mil habitantes na União Europeia. Em 2014, esse valor passou para 38,5 e na EU só estamos atrás da Eslovénia (48,6), Eslováquia (40,3) e Reino Unido (38,7)”. Temos também cada vez mais licenciados. Porém o nível de desempregados com elevadas qualificações é elevadíssimo.
Nicolau Santos avança com 3 explicações para este fenómeno: porque as empresas não os contratam; porque os jovens qualificados não têm apetência para criar as suas próprias empresas; porque os cortes no investimento em I&D foram brutais nos últimos anos. Resultado: restou a esta geração emigrar.
Alem destas razões, com as quais concordo, há uma outra: a sociedade portuguesa continua a não ter uma cultura de mérito. As oportunidades são raramente postas à disposição dos melhores. 
E a pergunta repete-se: como aproveitar os melhores de nós? Talvez começando por questionar as tantas oportunidades dadas aos piores de nós.


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