A FÚRIA DO FOGO




A cidade de Fort McMcurray, a norte do Estado de Alberta, no Canadá, é há mais duma semana o local onde o “inferno” decidiu instalar-se. A fúria do fogo arrasou bairros inteiros e forçou 88 mil pessoas a abandonar as suas casas e empregos, fugindo ao avanço imparável das chamas. Já arderam por completo 1600 residências e outros edifícios e o incêndio dizimou, até ontem, uma área correspondente a 20 vezes a cidade de Lisboa (cerca de 2000 Km2).
Segundo declarações dos responsáveis pelas operações de combate e das autoridades políticas do Estado, “este é o pior desastre natural na história do país”.
Até à data não há notícia de mortes ou feridos, em consequência directa do incêndio. Entretanto num acidente rodoviário, registado durante a fuga da cidade, morreram duas pessoas. A ausência de vítimas deste incêndio constitui “um milagre”, no ponto de vista de alguns. Mas para muitos, esta boa notícia resulta da eficácia dum “ excelente planeamento de evacuação da cidade”.



Quanto às operações de combate, todos reconhecem: os Bombeiros excederam-se, para fazer face à marcha devastadora das chamas, tendo conseguido salvar 25000 edifícios. Tal como aconteceu no nosso país nos grandes incêndios de 2003, houve Bombeiros que perderam as suas casas. Ainda assim, eles mantiveram-se nas frentes de combate.
Não se sabe quando o incêndio poderá ser dado por controlado. Mas lendo os jornais da região e do Canadá, nenhuma notícia discute o combate ou a forma como os Bombeiros o têm desenvolvido. Também não há registo de artigos de opinião de especialistas, pondo em causa tudo e todos.
Uma “pequena” diferença em relação ao que vai sendo hábito em Portugal!



   

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