MAIS PARTICIPAÇÃO ASSOCIATIVA




Acompanho com particular atenção a actividade de duas organizações às quais me sinto ligado para sempre: os Bombeiros e os Escuteiros.
O movimento escutista no qual participei dos 13 aos 16 anos (integrado no CNE-Corpo Nacional de Escutas) constitui uma instituição implantada a nível nacional e internacional, com um imenso património na promoção de valores, junto de sucessivas gerações.
Tomei conhecimento, através da revista “Flor de Lis”, publicação mensal do CNE, que esta organização “está, por esta altura, a iniciar um processo de revisão regulamentar e estatutária de grande importância para a associação”.
O diretor da “Flor de Lis” e dirigente do CNE, António Theriaga escreve na edição de Abril desta publicação:
“Mas não fiquemos a pensar que será apenas um grupo de Dirigentes bem preparados, qual seleção nacional, que levará para a frente tal trabalho. Não são super-homens e, mesmo que o fossem, não é isso que se pretende. O que realmente interessa é que este projeto seja participado, que todos os níveis da organização sejam envolvidos, que as pessoas sejam escutadas e a sua opinião seja tida em conta, sejam eles adultos voluntários ou jovens escuteiros. O que interessa mesmo é que se encontrem soluções em que a larga maioria (ou mesmo a totalidade) dos associados se reveja.”
Que bonita lição de democracia a aprender por tantos dirigentes associativos que por aí andam. Se esta prática fosse adoptada de uma forma generalizada pelo movimento associativo, este não estaria a sofrer a crise de participação que atinge uma boa parte das associações do país. Mas para isso era necessário que houvesse mais dirigentes com a escola do escutismo. E infelizmente não há!


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