FORMAÇÃO PARA O DESEMPENHO DOS AGENTES DE PROTECÇÃO CIVIL
A formação dos recursos humanos
constitui hoje uma prioridade em qualquer organização que queira obter
resultados e valorizar a sua missão. Deste modo, o desenvolvimento de formação
deve, por esta razão, ser encarado como um investimento e uma actividade
estratégica das organizações, e não apenas como uma obrigação.
A ideia anteriormente expressa é,
por razões acrescidas, aplicável às organizações cuja missão se foca na
salvaguarda de pessoas e bens, no contexto do sistema de protecção civil.
A implementação de um plano de formação
pressupõe que o mesmo seja preparado e inserido no contexto em que será
aplicado. Deverão ser identificados os objectivos estratégicos a que a formação
vai dar resposta, e após o seu desenvolvimento deverão ser considerados
indicadores e efectuadas medições, de modo a que seja comparado o ponto de
partida com o ponto de chegada e estabelecer diferenças, que só podem ser
qualitativamente positivas.
Dito isto torna-se obrigatório considerar
a avaliação da formação como um processo muito mais abrangente do que a mera
verificação da satisfação dos formandos e dos seus conhecimentos.
No meu ponto de vista os modelos
de avaliação da formação dos agentes do sistema de protecção civil deverão
disponibilizar indicadores, que quantifiquem processos e modos de actuação, com
vista à melhoria do desempenho.
A avaliação da formação deverá,
assim, ser aplicada em diferentes momentos, que não se restringem apenas ao
momento final, como é hábito em algumas organizações. Para que seja encarada
com seriedade e reconhecido o proveito da sua aplicação, a avaliação deve
iniciar-se antes da implementação da formação, de modo contínuo ao longo de
processo formativo e em diversos momentos após a conclusão do mesmo.
Cada momento do processo
formativo tem o seu objectivo distinto, diferentes intervenientes e diferentes
instrumentos para aplicação. Há, assim, diversos aspectos a considerar na
preparação da avaliação da formação.
A preparação da avaliação passa
pelo estudo do contexto em que será aplicada, pela selecção dos instrumentos de
avaliação, informação e colaboração com os avaliadores, e estabelecimento de
indicadores e métricas fiáveis, mensuráveis e exequíveis. Na verdade, trata-se da
preparação de quase um projecto paralelo ao da própria formação, uma vez que
este processo avaliação inicia-se no arranque da formação (em algumas situações,
mesmo antes), prolonga-se e manifesta-se de diferentes formas e em diferentes
momentos, e culmina com a conclusão da formação e a recolha de indicadores
previamente definidos, análise de resultados e comparação com o ponto de
arranque da formação.
Trata-se de comparar os
resultados obtidos na acção de formação com os objectivos estabelecidos,
verificar o proveito alcançado e determinar as alterações a implementar numa próxima
acção análoga.
Só assim a formação cumprirá a sua função de melhoria contínua dos desempenhos e obtenção de elevados níveis de eficácia e eficiência para “proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo”, fim primeiro do sistema de protecção civil e dos seus agentes.
Só assim a formação cumprirá a sua função de melhoria contínua dos desempenhos e obtenção de elevados níveis de eficácia e eficiência para “proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo”, fim primeiro do sistema de protecção civil e dos seus agentes.
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