FERIADOS




Está anunciada uma iniciativa legislativa para reposição dos quatro feriados que o Governo PSD-CDS retirou aos portugueses. Os feriados religiosos do Corpo de Deus e Todos o Santos e os feriados civis da Implantação da República e da Restauração, foram suprimidos em 2013 para “acompanhar, por esta via, os esforços de Portugal e dos portugueses para superar a crise económica e financeira que o país atravessa”, na versão do governo de então. As confederações patronais bateram palmas porque assim, diziam, iria aumentar a competitividade e a produtividade da economia do país.
Analisando os dados do INE, relativos aos dois últimos anos, não se percebe em que medida é que a supressão dos quatro feriados contribuiu para o alegado objectivo.
Ninguém consegue demonstrar o indemonstrável. Ninguém que tenha um conhecimento mínimo das variáveis da ciência económica pode defender que o simples facto da eliminação de quatro dias de trabalho prejudica, só por si, a economia do país.  
Assim sendo, a decisão de corrigir este absurdo, decidido por governantes que sempre pensaram que os portugueses são “calões” e só gostam de sol e praia, apresenta-se como uma medida acertada.
Os feriados devem ser repostos nas datas em que anualmente calharem. Colá-los a fins de semana, como alguns defendem é outro absurdo, tão estúpido como foi a sua supressão.


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