TRABALHO DECENTE
Na passada
segunda-feira a ONU divulgou a edição de 2015 do “Relatório de Desenvolvimento
Humano, um documento de elevado interesse para todos os que estudam e se
interessam pela problemática do desenvolvimento dos países e dos respectivos
cidadãos.
O relatório,
intitulado “O Trabalho como Motor do Desenvolvimento
Humano", defende a urgência de se garantir trabalho justo e decente
para todos. Desafia os governos a encarar o trabalho numa perspetiva que vai
além dos empregos remunerados, encarando-o nas suas múltiplas formas,
nomeadamente o trabalho voluntário e o trabalho criativo, entendidos como importantes
para o desenvolvimento humano. O relatório sugere que, só com essa visão mais
ampla, será possível aproveitar verdadeiramente os benefícios do trabalho em
prol do desenvolvimento sustentável.
Segundo refere este
documento, nos últimos 25 anos, graças à melhoria nas áreas de saúde e
educação, dois biliões de pessoas aumentaram os seus níveis de desenvolvimento.
Apesar da referida
evolução positiva, há no mundo hoje 830 milhões de pessoas que vivem com menos
de 2 dólares por dia. Mais de 200 milhões de pessoas, incluindo 74 milhões de
jovens, estão desempregadas, enquanto 21 milhões de pessoas são hoje vítimas de
trabalho forçado.
Segundo refere Selim
Jahan, o principal autor do relatório “o progresso humano será mais rápido
quando todos os que desejam trabalhar tiverem a oportunidade de o fazer em
circunstâncias dignas. O que se verifica em muitos países, porém, é que as
pessoas são frequentemente excluídas do trabalho remunerado ou recebem menos do
que outros por trabalho de igual valor”.
Nos casos em que as
mulheres são remuneradas, elas auferem, em média, a nível mundial, 24 % menos
do que os homens e ocupam menos de um quarto das posições de chefia nas
empresas em todo o mundo.
O relatório propõe aos
governos formular estratégias nacionais de emprego que levem em conta os
numerosos desafios emergentes no mundo do trabalho em rápida mutação.
Dada a enorme
importância da temática do trabalho, abordada neste relatório da ONU, voltarei proximamente
ao assunto.
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