RECONHECIMENTO ACADÉMICO DA FORMAÇÃO DOS BOMBEIROS




Solicitei aos meus alunos que elaborassem um trabalho a propósito do tema “Ajuda Humanitária e Protecção Civil” na sequência de um seminário realizado na Faculdade, no passado dia 26 de Setembro, no âmbito do curso do qual sou coordenador.
Fui agradavelmente surpreendido pela qualidade global dos referidos trabalhos, elaborados de acordo com as regras que aprenderam para a elaboração de textos científicos.
Os alunos são todos Bombeiros, oriundos de corpos de bombeiros de vários pontos do país. Ora esta circunstância ainda reforça mais a minha satisfação, uma vez que o produto do trabalho que produziram revela o conjunto de competências de que são possuidores, a necessitar apenas de serem devidamente qualificadas, reconhecidas e valorizadas.
A formação dos Bombeiros – que é muita – está particularmente vocacionada para o exercício quotidiano da sua missão. Porém, sem pôr isto em causa, urge fazer um trabalho concertado e cientificamente sustentado, para institucionalizar uma grelha de créditos a atribuir-lhes pela formação que frequentam na Escola Nacional de Bombeiros, de modo a que a mesma possa ser utilizada, se o desejarem,para o consequente acesso ao ensino superior. Defendo isto há muito, mas confesso que só agora sei os passos que é preciso dar para atingir este objectivo.
Espero encontrar receptividade da parte das entidades competentes para o desenvolvimento do processo que irei dinamizar, juntando uma ampla parceria entre instituições de ensino superior, ANPC, Liga dos Bombeiros Portugueses e Escola Nacional de Bombeiros. Para já está assegurado o empenho da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, neste objectivo.
Na aula do passado sábado conclui o que já sabia: os Bombeiros aspiram que a formação que adquirem e que tanto tempo – e bem – os ocupa, sirva também para se valorizarem como cidadãos.
Elegi este objectivo, como uma das minhas prioridades de trabalho em 2016. É difícil. Pois é, mas eu não gosto de facilitismos.

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