EL NIÑO





Todos já ouvimos falar dele. É um fenómeno climático global que, em períodos irregulares – umas vezes de dois em dois anos e, outras vezes, de dez em dez – atinge vastas zonas do globo, provocando elevados danos. El Niño de seu nome.
As principias consequências já conhecidas do El Niño são: a alteração da vida marinha na costa oeste dos EUA, do Canadá e do Peru; o aumento das chuvas no sul da América do Sul e no sudoeste dos EUA; secas no Nordeste brasileiro, Africa Central, Sudoeste Asiático e América Central; tempestades tropicais no centro do Pacifico.  
Mas o que é o El Niño? Trata-se de um fenómeno climático de caracter atmosférico-oceânico, do qual resulta o aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacifico. De acordo com uma teoria recentemente defendida pela comunidade científica, o aquecimento do Pacifico é causado pelo calor do magma vulcânico libertado no fundo do oceano.
Segundo o Centro de Previsão do Clima dos EUA (NOAA- National Oceanic and Atmospheric Administration) este ano o El Niño começou em Março, prevendo-se que os seus efeitos se prolonguem até à primavera de 2016.
Entretanto a situação vivida nas últimas semanas na Argentina, Paraguai, Brasil, Uruguai e nos estados do Texas e do Alabama nos EUA, confirmam as piores previsões dos cientistas, de que o El Niño de 2015 é o mais violento dos últimos 15 anos. Também na Europa, em especial no Reino Unido, o temporal está a afectar fortemente populações de várias regiões do país.
O balanço até agora apurado dos efeitos do El Niño este ano é o seguinte: cerca de 200 mil desalojados,  mais de meia centena de mortos e milhões de euros de prejuízos materiais.
Em Novembro passado um relatório da Organização Mundial de Meteorologia alertava para os efeitos de médio prazo que os fenómenos meteorológicos mais gravosos podem provocar, criando situações de calamidade nos países mais vulneráveis, nomeadamente com a eclosão de surtos de doenças, a destruição de colheitas com as cheias ou secas e os fogos florestais.
O planeta, através das suas vias próprias, continua a enviar sinais às nações e aos cidadãos sobre o estado de saturação em que se encontra o seu equilíbrio, face às múltiplas agressões de que tem sido vitima.
Uma dúvida terrível me assalta quando estudo e reflicto sobre estas matérias: será que ainda estamos a tempo de reverter a situação?
Olho para os meus netos e quero acreditar que sim!

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