INFORMAÇÃO DE CRISE
Define-se “Informação” como “ o resultado da
notícia, depois de devidamente processada e analisada”. Isto é, a “Informação”
é a resultante final da pesquisa, estudo e interpretação das notícias, e contribui
para aumentar o conhecimento sobre determinada matéria.
No meu ponto de vista, a
principal vulnerabilidade do sistema de protecção civil do nosso país, está
precisamente no défice de circulação de informação. Falta partilha de informação,
tendo por base relatórios de ocorrências que motivaram intervenção dos agentes (em especial dos corpos de bombeiros) em teatros
de operações de grande dimensão, em Portugal ou noutros países. E a circulação
desta informação é essencial, não apenas para aprofundamento de estratégias de
organização e intervenção, como também para suporte do trabalho científico que
urge desenvolver neste sistema.
Não resignado com esta lacuna
tenho procurado reunir uma rede de fontes de informação, para suporte do
trabalho que desenvolvo no Instituto Direito e Segurança da Nova Direito. É
neste contexto que estou a desenvolver contactos para recolha de informações
detalhadas sobre a operação de potecção civil desencadeada no passado fim de semana
em Paris, na sequência dos atentados que atingiram a capital francesa.
Pelo que já apurei estamos na
presença de uma operação de socorro com a dimensão e complexidade equivalente à
efectuada em Madrid, na sequência do atentado de 11 de Março de 2004.
Felizmente, não temos experiência
em Portugal de intervenções em operações desta natureza. Mas isso não significa
que não devamos estudar em pormenor as operações que as circunstâncias obrigaram
a que fossem desencadeadas noutros países, pois o risco existe, embora numa
escala menor (até ver).
A “Informação” é a primeira das
urgências. Assim sendo, ela deve ser incorporada no sistema de proteção civil,
tendo em vista preparar os agentes para enfrentarem ameaças de novo tipo, muito
mais complexas e devastadoras do que aquelas com que o nosso sistema tem lidado,
com elevada taxa de sucesso.
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