ESTADO DE GUERRA EM PARIS




O fim de semana passado foi marcado pelos bárbaros ataques realizados em Paris, na noite de sexta-feira, por um grupo de assassinos, inspirados pelo ódio e pelo total desprezo pela vida, cuja designação me recuso a reproduzir, uma vez que estes malfeitores não são, nem um Estado nem Islâmicos.
O balanço ( ainda provisório) que se conhece desta acção criminosa é aterrador: 132 mortos e 349 feridos.
Os pormenores deste “acto de guerra”, conforme o classificou o Presidente François Hollande, são conhecidos e foram exaustivamente descritos pelos órgãos de comunicação social de todo o mundo.
 É agora importante que as opiniões públicas dos países exijam aos seus líderes que passem das palavras aos actos. Não chegam as manifestações de solidariedade de Obama, Cameron, Merkel, Putin, Juncker e outros. É preciso que passem à acção, de forma concertada e eficaz, para defesa dos valores civilizacionais que estes “jihadistas” estão a tentar destruir, em nome de um fanatismo religioso que subverte o próprio Corão.
O que Paris viveu nos últimos dias é uma declaração de guerra. Todos estamos expostos ao risco da loucura suicida e criminosa desta gente. É verdade que é difícil ter como inimigo quem não tem qualquer respeito pela vida (sua e dos outros), transformando o acto de matar num exercício de redenção. Mas é preciso acabar com a retórica e a proclamação de princípios, como método de enfrentar quem os não tem.
Se nada for feito para passarmos a uma nova fase deste combate, continuarão a morrer inocentes, os Estados vão ficando mais vulneráveis e os extremismos vão ganhando terreno nas nossas democracias.
É tempo de se atacarem as causas. É tempo de se acabarem com experimentalismos políticos, promovidos pelas grandes potências, para que não se continue a gerir efeitos devastadores e mortais, para tantas vítimas inocentes.



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