O DESENVOLVIMENTO GLOBAL
Ontem realizou-se no Museu do
Oriente, em Lisboa, a Conferencia Internacional do Ano Europeu para o
Desenvolvimento, subordinada ao lema “O Desenvolvimento Global é realizável?”.
Centrada nos 17 objetivos e 169
metas constantes na chamada Agenda 2030, que a ONU aprovou no passado mês de
Setembro, esta conferência abordou as várias dimensões do desenvolvimento,
incluindo questões como segurança, ambiente, migrações e outras.
Intervindo na sessão inaugural, o
antigo presidente de Portugal e ex-Alto Representantes das Nações Unidas para a
Aliança das Civilizações, Jorge Sampaio, defendeu que o desenvolvimento sustentável
é possível, desde que se assuma “ uma mudança de paradigma civilizacional” e
uma adequada “regulação da globalização”. Defendeu também a “reforma da ONU e
do Conselho de Segurança, enquanto instrumentos de medição de conflitos”.
A propósito da Agenda 2030
formulou um reparo: “ Teria saudado a inclusão de referências mais claras a
situações de emergência, resultantes de desastres naturais ou de conflitos, por
causa da dimensão, frequência e duração sempre maiores que estas vêm
revestindo, estando em causa toda a questão dos refugiados, deslocados e
migrantes, bem como a assistência humanitária”.
Com um programa que se estendeu
ao longo de todo o dia, este fórum internacional constituiu uma excelente oportunidade
para se reflectir sobre o caderno de encargos da comunidade internacional para
os próximos 15 anos, tendo como objectivos acabar com a pobreza, lutar contra
as desigualdades e combater as alterações climáticas.
São objectivos ambiciosos mas
exequíveis, se acreditarmos no poder das ideias, como vector para a
transformação do mundo.
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