CORREDORES DE MORTE
Sempre que estudamos as
problemáticas da segurança, da prevenção e do socorro confrontamo-nos
sistematicamente com o flagelo nacional da sinistralidade rodoviária e as suas
dramáticas consequências.
Ainda não há muito tempo que uma
conjuntural e pouco estudada redução do número de acidentes e de mortos nas
nossas estradas, foi anunciada como uma vitória das politicas (que politicas?)
de prevenção rodoviária, reclamadas como suas por vários governantes. Sem nunca
explicarem os fundamentos científicos do seu triunfalismo, conseguiram criar na
opinião pública a ideia de que estamos a enfrentar, com êxito, o mais grave problema
de segurança do país, desde há mais de duas décadas.
Está demonstrado que as estradas
do nosso país são verdadeiros corredores de morte. Nos últimos 3 anos, no
período de 1 de Janeiro a 15 de Outubro, morreram 1133 pessoas vítimas de
acidentes rodoviários. Se tivermos em conta que dos cerca de 5 mil feridos
graves registados no mesmo período, seguramente que muitos acabaram por morrer
ou ficaram diminuídos para o resto das suas vidas, então concluímos da real
dimensão deste problema.
AS causas deste drama são muitas
e diversificadas. Carecem de ser adequadamente estudadas e corajosamente
identificadas. Depois, bastará aplicar as soluções, muitas delas conhecidas mas
porque impopulares ou prejudiciais para múltiplos lóbis, continuam sem
aplicação prática.
O quadro abaixo publicado e
outros que se podem elaborar a partir doutros dados disponíveis, exigem que
como cidadãos, automobilistas ou não, nos indignemos, exigindo aos nossos
governantes, quaisquer que eles sejam, que não varram o problema para debaixo
do tapete dos ministérios, tapados por montanhas intermináveis de páginas de
pomposos planos, que não servem para nada.
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