ÁGUA NA LUZ




Não me refiro à chuva que ontem caiu no Estádio da Luz e foi muita. Refiro-me sim ao “banho” táctico que Jorge Jesus deu no confronto entre o Sporting e o meu Benfica, e que os leões ganharam justamente por três bolas a zero.
Tenho com o Benfica uma relação de paixão da qual já aqui falei várias vezes. Mas também tenho a racionalidade suficiente para reconhecer quando o meu clube perde justamente, como foi o caso deste dérbi.
Não me interessa o que se passa fora do rectangulo de jogo, nem dou relevância aos folhetins de mau gosto, nos quais alguns personagens tanto se empenham. Não comento os disparates de dirigentes ou representantes dos clubes, sem nível, que se comportam como os energúmenos das claques. Não alimento ódios estúpidos, onde se refugiam as frustrações de tantos. Não utilizo o futebol como instrumento de promoção de vinganças gratuitas ou de disfarce de mediocridade.
Gosto de futebol. Gosto do jogo, jogado. Gosto de golos e de belas jogadas, desenhadas com talento e argúcia, por bons jogadores e concebidas por treinadores inteligentes.
Por tudo isto, ontem para mim ficou claro algumas coisas. Primeiro que o Benfica não tem equipa para disputar o título. Segundo que o treinador do Benfica não tem um modelo de jogo definido. Terceiro, que apesar do mau jogo produzido pela equipa, os adeptos benfiquistas, que encheram o estádio, demonstraram uma vez mais que são o maior activo que o Benfica possui.
O meu Benfica ontem foi uma equipa medíocre, sem alma e sem rumo. Colapsou perante um Sporting que demonstrou em campo, o contrário de tudo isto.

Apesar de contrariado, quero reconhecer tudo isto!  

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