SEGURANÇA E AMBIENTE




A causa ambiental deixou de ser atributo de alguns fundamentalistas – como durante muito tempo foram classificados os percursores da defesa do ambiente – e passou a ser motivo de acção e intervenção de milhares de cidadãos anónimos, um pouco por todo o mundo.
O aumento do nível do mar, as secas e a falta de água, os acontecimentos climáticos extremos ou o aumento das doenças tropicais têm provocado um crescente impacto nas comunidades, questionando, tantas vezes de forma dramática, a problemática da segurança humana em vastas regiões do planeta.
Também os conflitos gerados pela utilização de recursos naturais resultam em deslocações populacionais massivas e, por conseguinte, ameaçam os direitos fundamentais de milhões de pessoas, como o direito à vida, o direito à saúde ou o direito à alimentação, entre outros.
Impõe-se por isso que os Estados adoptem políticas que protejam a qualidade do ar e da água, bem como garantam a preservação da biodiversidade. Impõe-se também que a “lei da selva” em que o direito internacional se tornou, seja vencida através da reinvenção de instâncias internacionais reguladoras, como a Organização das Nações Unidas, hoje meramente transformadas em agências humanitárias de socorro às vítimas da desordem que grassa à escala global.
Num mundo governado pela ditadura da finança, sem alma e sem rosto, só há um caminho para a salvaguarda da segurança humana: assumirmo-nos como soldados em campo de batalha, na luta pelo ambiente e contra as múltiplas formas de rapina dos recursos naturais e de destruição do ambiente.


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