BOMBEIROS E CIÊNCIA




A edição de Abril da Revista Proteger publicou um interessante artigo, da autoria de Jesse Roman, do NFPA Journal, intitulado Novos Incêndios, Novas Tácticas. Neste texto o autor aborda o resultado dos estudos que têm sido desenvolvidos nos Estados Unidos da América pelo Instituto de Pesquisa para a Segurança dos Bombeiros (FSRI, da sigla em inglês), tendo por objectivo “medir a resposta do fogo a diferentes variáveis e formas de ataque” e introduzir a ciência na problemática dos incêndios em edifícios.
Para este efeito, segundo o autor, foram realizadas “mais de 200 experiências com incêndios estruturais” o que representa “a análise científica mais extensa das últimas décadas das tácticas de combate a incêndio e está a revelar aquilo que os investigadores definem como graves falhas na forma actual de combater os incêndios”.
O texto é todo ele muito interessante e recomendo a sua leitura a quantos se interessam pelo tema. Mas trago esta questão ao espaço do Repórter Caldeira para, uma vez mais, defender a criação no nosso país de uma estrutura, com adequado reconhecimento técnico e científico, que se dedicasse exclusivamente ao estudo e investigação aplicada no domínio das técnicas (ao nível estratégico, táctico e de manobra) adoptadas pelos Bombeiros no exercício da sua missão – nas diversas vertentes da mesma – enquanto base para a produção de doutrina e a identificação de qualificações e competências.

Para que isto seja um dia viável é necessário que entendamos que o socorro confiado a Bombeiros, sendo uma actividade multidisciplinar, precisa da incorporação permanente de inovação e conhecimento, para tornar eficaz e eficiente o “Saber Fazer” enquanto matriz essencial do sucesso da missão de salvar vidas e bens em segurança.

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