VIVER DO MAR




O barco estacionado á beira-mar aguarda que os pescadores acabem de puxar as redes, horas antes lançadas a umas centenas de metros da praia e entretanto trazidas para terra, através de cabos puxados por dois tractores estacionados em paralelo no areal, à beira de água, separados por cerca de 50 metros.
Enroladas as redes o pescado salta e os pescadores debruçam-se sobre o mesmo para avaliar o resultado de mais um dia de faina. “ Podia ser pior”, comenta o que presumo ser o mestre do barco.
As pessoas aproximam-se e algumas compram o peixe acabado de sair do mar. O grosso do pescado vai para a Doca de Peixe para ser vendido e assim concluir-se o ciclo de sobrevivência diária destes homens e mulheres.
Entretanto mais a norte, na madrugada de ontem, os pescadores iniciaram a nova época de pesca da sardinha, depois de seis meses de defeso. A quota para 2015 é um quinto do que era habitual em anos anteriores, face às restrições alegadamente impostas para combater a falta de sardinha no mar.

Uns e outros vivem do mar e do peixe que nele capturam. São gente sofrida pelos muitos sustos vividos ao longo da vida. São pescadores, simplesmente pescadores. 

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