QUARTEL DE BOMBEIROS
Todas as quartas feiras, a partir
das 22h15, sento-me no sofá da sala em frente ao televisor, para assistir à
exibição, no canal AXN, dos dois episódios semanais da série americana Chicago
Fire.
A série acompanha a vida dos
bombeiros e paramédicos que trabalham no 51º Batalhão do Corpo de Bombeiros de
Chicago, tanto no contexto do exercício da sua missão como fora de serviço,
homens e mulheres, como quaisquer outros, com dramas familiares, dividas a
pagar e conflitos conjugais.
O comandante Wallace Boden, os
tenentes Cassey e Severide e as Bombeiras-Paramédicas Gabriela Dawson e Leslie
Shay sáo as personagens centrais da série.
Quem conhece de perto a vida
interna de um corpo de bombeiros, identifica nesta série a complexidade das
relações que se geram no seio destas unidades operacionais. Nela testemunha-se
o papel central dos líderes na gestão das equipas e, em particular, do
comandante do corpo de bombeiros enquanto pilar de estabilidade e segurança
para todos e cada um dos homens e mulheres que comanda.
Há poucos dias estive algum tempo
no quartel do corpo de bombeiros onde, há mais de 25 anos, me apaixonei pelos
Bombeiros.
O quartel de bombeiros tem uma
mística muito própria. Os carros alinhados no parque, os homens e mulheres
fardados por igual em espera pela próxima saída, o toque da sirene, este e
outros símbolos, fazem deste espaço um mundo muito próprio onde se respira o
sentido de dever, ao serviço do outro, qualquer que ele seja.
Moro muito próximo de um quartel
do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa. Oiço com frequência as sirenes
anunciando a saída dos carros. Sinto muitas vezes o impulso de correr para a
janela e ver o carro abordar o cruzamento. Vejo os Bombeiros, na cabine do
veículo. Vejo os seus rostos, quase sempre tensos e compenetrados e sinto a
mesma emoção de sempre.
Logo à noite vou estar no sofá a viver as emoções do Chicago
Fire. Experimente e vai ver que vale a pena,
Comentários
Enviar um comentário