PREVENIR DESASTRES NATURAIS





Está reunida em Sendai, no Japão, a Terceira Conferência Mundial da ONU sobre a Redução do Risco de Desastres. Esta importante reunião, na qual participam representantes de todo o mundo, iniciou-se no passado dia 14 (um dia depois de um ciclone tropical ter devastado o Estado insular de Vanuatu, no Pacifico Sul) e encerra amanhã.
Espera-se que a conclusão dos trabalhos seja marcada pela aprovação de um documento final no qual seja traçado um quadro de acção pós-2015, válido até 2030, com particular incidência na gestão do risco de desastres e que mobilize a comunidade internacional.
Um relatório apresentado à conferência pela ONU estima que o investimento anual em planos de gestão riscos e de prevenção de desastres naturais pode representar uma poupança de milhares de vidas e em custos de infraestruturas, nos próximos 15 anos. Assim, segundo as mesmas estimativas, um investimento anual de 5,7 mil milhões de euros em planos adequados de gestão de risco e de prevenção, pode resultar numa poupança anual de 343 mil milhões de euros, na reposição da normalidade pós- desastre.
Nesta linha de raciocínio o chefe da unidade de Redução de Riscos da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Mohamed Mujer, intervindo na conferência defendeu que “ O investimento para prevenir riscos é bastante económico. Por cada dólar investido, calcula-se que se pode poupar 15,65 dólares (14,9 euros)”.
Recordo que desde Janeiro de 2005, data da última conferência reunida em Kobe – também no Japão – morreram mais de 700 mil pessoas e 1,7 milhões foram deslocadas, em consequência de terramotos, tesunamis, ciclones ou inundações, entre outros desastres naturais.
Dado que espero receber uma informação mais detalhada dos resultados desta conferência, através de um colega do Centro de Estudos e Intervenção em Protecção Civil (CEIPC) que está a participar nos trabalhos da mesma, prometo a voltar ao assunto no Repórter Caldeira.




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