ESTRATÉGIA DOS PEQUENOS PASSOS
“ Nunca olho para as massas como
sendo da minha responsabilidade. Olho para o individuo, pois só posso amar uma
pessoa de cada vez, apenas uma. Comecei por escolher uma pessoa. Se não tivesse
escolhido essa primeira pessoa, talvez não tivesse escolhido 42 mil. Em termos
gerais, o meu trabalho foi apenas uma gota no oceano. Contudo se não tivesse
deitado a gota, o oceano teria ficado uma gota mais pobre”. Esta afirmação da
missionária católica albanesa e Prémio Nobel da Paz, Madre Teresa de Calcutá, consubstancia
a ideia de que ninguém consegue alcançar alguma coisa a não ser em pequenos
passos, um após outro.
Quem não vive em frenesim, quem
constrói a sua vida por objetivos, quem não vive cada dia como se fosse o
último, quem sabe para onde e quando ir, quem interpreta cada etapa como um
processo de aprendizagem permanente – no qual se enquadram erros e sucessos,
mas jamais omissões – sabe que devagar se vai ao longe.
Olho à minha volta e todos os
dias vejo gente que ambiciona tudo e o seu contrário, ao mesmo tempo. Gente
infeliz, insatisfeita e materialmente insaciável, incapaz de resolver o
problema maior das suas vidas, ou seja elas próprias.
Diz-me a experiência que devemos
ser ambiciosos, devemos traçar sempre objetivos difíceis para sermos capazes de
nos superarmos. Mas devemos ter presente que é preciso dar tempo ao tempo, que
é preciso afirmarmo-nos pelo mérito que temos – e que, quando o temos, ele
acaba sempre por ser reconhecido, embora nem sempre da melhor maneira – que a
vida é um edifício em construção permanente, tornado resistente através do
betão do nosso trabalho e do colorido dos nossos sonhos.
Tudo o resto faz parte da espuma
dos dias, passa na marcha do tempo e não deixa rasto. Passo a passo, com a
inquietude dos sábios e a serenidade dos místicos, a vida espera-nos a cada
esquina. Não a devemos fazer esperar!
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