MONITORIZAÇÃO DOS RIOS
A propósito da noticia sobre o
rebentamento da conduta que liga as barragens do Alto Ceira e de Santa Luzia,
ocorrido no passado sábado e do qual resultou uma cheia rápida na localidade de
Cabouco, lembrei-me da denúncia que ouvi a um técnico, em Junho do ano passado,
de que “ a rede de monitorização dos rios e albufeiras em Portugal tem o seu
funcionamento comprometido por falta de manutenção das estações que a
integram”.
Um mês depois o jornal Público
dava a notícia de que “ praticamente sem manutenção há seis anos, as estações
estão a funcionar de modo precário e pouco fiável”. Entretanto a referida
notícia dava ainda conta de que “O Ministério do Ambiente, Ordenamento do
Território e Energia vai investir pouco mais de quatro milhões de euros na
remodelação da rede”, recorrendo “ aos fundos comunitários e também ao Fundo
Português de Recursos Hídricos (financiado com a recolha de taxas a cobrar a
agricultores, indústrias e particulares) ”.
Contactado o mesmo técnico que há
seis meses me deu a primeira informação, este informou-me que os trabalhos de
manutenção ainda não se iniciaram.
Voltando ao acidente que no
passado sábado afectou as comunidades ribeirinhas de Cabouco e Foz Arouce,
atingindo 12 casas e obstruído duas estradas, assaltou-me a dúvida quanto à
existência de alguma relação causa-efeito sobre as duas circunstâncias
referidas.
Na sequência da posição assumida
pelo Presidente da Camara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, a Autoridade
Nacional de Protecção Civil (ANPC) informou no que “ vai averiguar as causas e
consequências das inundações” resultantes da rápida subida das águas do rio
Ceira.
Aguardemos!
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