HINO À INTELIGÊNCIA E À SUPERAÇÃO HUMANA
Durante muitos anos estive
arredado das salas de cinema, bem como de muitas outras actividades não relacionadas
com os Bombeiros. Posso mesmo dizer que durante 20 anos quase respirei
Bombeiros 24 horas por dia, tendo por isso ganho momentos gratificantes mas
também perdido muitos outros, nomeadamente por abdicação de tantas coisas de
que sempre gostei, por imperativo de consciência e sentido do dever. Se valeu a
pena ou não, ainda é cedo para concluir. Mas o que posso já concluir é que, de
há 2 anos a esta parte, mudei de vida e de actividades, passando a usufruir de
muitos prazeres dos quais abdiquei durante tanto tempo.
É o caso do cinema. Tenho a
certeza de que nos últimos 2 anos já vi mais filmes do que nos últimos 20 anos
da minha vida. Mas não gosto de ver filmes só para ocupar o tempo. Sou
criterioso na selecção dos filmes que vejo. Eles têm de ter conteúdo, em
especial nos domínios que ocupam o meu espirito.
No passado fim de semana vi um
fantástico filme, que neste momento é candidato a cinco Óscares da Academia de
Hollywood, com o título “ A Teoria de Tudo”.
Baseada na biografia do astrofísico
inglês Steohen Hawking – uma das mentes mais brilhantes do nosso tempo – esta
obra de arte cinematográfica conta a história de um romance de amor e de um
exemplo vivo de superação humana, face às limitações físicas impostas por uma
doença degenerativa que afectou o professor Hawking, quando tinha apenas 21 anos.
Numa interpretação notável do
actor Eddie Redmayne, recria-se durante pouco mais de 2 horas a inteligência e
a capacidade de superação humana, vivenciadas por um cientista brilhante e por
um ser dotado de uma força interior de dimensão superior, capaz de fazer frente
a uma doença que, nos últimos 50 anos, tem destruído a capacidade motora, mas
sem lhe destruir a inteligência e resistência anímica.
O professor Steohen Hawking, que
fez descobertas fascinantes sobre a noção do tempo, tem 73 anos, comunica por
sintetizador de voz e continua a ser solicitado pela (sua) Universidade de
Cambridge e pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia para dar palestras
sempre muito concorridas.
Confesso que saí da sala de
cinema com a alma cheia, feliz por estar vivo e poder testemunhar estes
exemplos de vida, criatividade, inteligência e superação, mesmo através da
objectiva de uma camara cinematográfica.
Deixo o convite: não perca este “Teoria
de Tudo”, numa sala de cinema perto de si!
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