O BEM-ESTAR DE QUEM SOCORRE




Os Bombeiros no exercício da sua missão estão permanentemente expostos a situações adversas, que podem ameaçar a sua saúde física ou psicológica. Há vasta literatura que o demonstra.
No final do ano passado li uma tese de doutoramento em Psicologia da autoria de Dália Marcelino intitulada ” Impacto Psicológico da Prática dos Bombeiros: Trauma, Saúde Mental e Expressão Emocional”. Trata-se de um estudo aprofundado e de elevado valor científico, que mereceu o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia e do POPH – QREN.
 Os participantes foram bombeiros de todo o país, de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, inseridos no quadro activo dos respectivos corpos de bombeiros.
“ É incontestável que as exigências e tarefas inerentes às profissões de socorro afectam a saúde destes operacionais, uma vez que estão susceptíveis a efeitos traumáticos posteriores, como resultado do seu envolvimento em situações adversas”, conclui a tese.
Quando há dias tomei conhecimento de que, em 2013, 75% dos técnicos de ambulância do INEM estava em burnout – um distúrbio de caracter depressivo ligado à vida profissional – lembrei-me do referido estudo.
Tenho para mim que a saúde mental dos bombeiros e demais agentes de socorro é liminarmente descurada, embora esteja demonstrado que ela é essencial.
Infelizmente esta problemática tem sido considerada como não prioritária, não havendo qualquer estratégia consistente para defender os profissionais e os voluntários, destas patologias invisíveis.





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