NECESSIDADE DA MARMITA



Muitos portugueses transportam todos os dias para os locais de trabalho o seu almoço, acondicionado em marmitas, um hábito motivado pelo agravamento das condições de vida que se vem verificando no país desde 2008. Não é uma prática que seja do agrado da maioria dos que a adoptaram, mais as circunstâncias falam mais alto.
Cortes no subsídio de alimentação, aumento de impostos, retirada de benefícios sociais e outros fatores obrigaram muitos dos nossos concidadãos a mudar de vida, nomeadamente quanto às suas refeições.
Nas empresas esta circunstância obrigou a alterações no funcionamento dos bares e cantinas, instalando nestes equipamentos adequados para os trabalhadores que levam as refeições de casa.
De acordo com estudo de mercado da Kantas Worldpanel relativo a 2012, divulgado pelo Diário de Notícias, cerca de 40% das famílias portuguesas levaram comida para o trabalho, contra os 29% de 2009. No mesmo documento refere-se que a poupança chega aos 150 euros por mês ou 1800 euros por ano, por cada pessoa do agregado familiar.
Em resumo, estamos na presença de um hábito que, atendendo à realidade económica que nos rodeia, veio para ficar.


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