ESCOLHER O TEMPO CERTO




Na última edição do jornal Expresso li uma interessante entrevista de Pedro Proença, considerado como o melhor arbitro português de sempre e que na passada semana anunciou o fim da sua carreira na arbitragem. Neste texto fica evidente a decisão de um homem inteligente que escolheu com precisão e adequado planeamento o seu tempo para sair de cena.
Pôs fim a 26 anos de actividade como árbitro de futebol, afirmando querer agora dedicar-se às empresas das quais é gestor, ter tempo para a filha e para a mulher, ler livros, ir ao cinema, dar aulas em universidades, em resumo, descansar do futebol.
Porém Pedro Proença deixa claro que “os projectos vão aparecer com total naturalidade”. Dito de outra forma, abandona a arbitragem mas não exclui a possibilidade de, no devido tempo, regressar ao futebol.
Gosto deste raciocínio com o qual me identifico. Devemos ter a capacidade de definir quando devemos sair de cena, no exercício de uma função. Mas estamos sempre em condições de sermos desafiados para novos caminhos e projectos correlacionados. Esta é a mensagem sobreliminar que ressalta desta entrevista.

Entretanto, ontem o antigo futebolista Luís Figo anunciou a sua candidatura à presidência da FIFA, enfrentando o nebuloso dinossauro Joseph Blatter, nas eleições que vão decorrer a 29 de Maio, durante o 65.º Congresso do organismo, em Zurique. Luís Figo propõe-se proceder a “uma limpeza moral da reputação da FIFA”, porque “o futebol merece melhor”.

Oxalá que Pedro Proença e Luís Figo venham a assumir uma futura função nas estruturas dirigentes do futebol europeu ou mundial, tão carenciadas que estão de renovação, de caras e de projectos.  


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