CORPOS DE BOMBEIROS: QUE NOVAS MISSÕES?




Numa entrevista publicada no jornal Público de 1 de Setembro o secretário de Estado das Florestas defende que " É possível encontrar um modelo integrado de prevenção e combate". Questionado sobre se "A ideia é atribuir às corporações dos bombeiros características dos sapadores florestais?, o governante respondeu: " O que digo é que não me repugna a ideia de que os bombeiros possam também ter intervenção em matéria de prevenção." 
Reflicto sobre estas declarações e surge-me desde logo esta dúvida: não será este o momento ideal para as estruturas dos bombeiros portugueses analisarem as condições, nomeadamente de recursos humanos e financeiros que têm e as que lhes falta, para o exercício das missões já consagradas no artigo 3.º do Decreto Lei do Decreto Lei nº. 248/2012 de 21 de Novembro?
Não há missões de Prevenção consagradas na Lei de Bases da Protecção Civil que os Corpos de Bombeiros poderiam desempenhar e para as quais estão particularmente vocacionados, como é o caso da autoproteção das populações e da segurança contra incêndios em edifícios, entre outras? 
Como cidadão e estudioso destas matérias não considero descabido que se aproveite o potencial da rede de infraestruturas e de meios que os corpos de bombeiros possuem, para de forma sustentada estes alargarem as áreas da sua intervenção.  Mas aceitar esse alargamento sem se fazer uma auditoria técnica à situação de resposta de cada CB para o cabal exercício das missões que lhes estão actualmente atribuídas, pode ser um verdadeiro suicídio. Para todos.

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